Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes
A Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes consiste numa estrutura de carácter multissectorial e pluridisciplinar, que integra várias instituições e organizações que pelas suas atribuições e natureza podem contribuir para a minimização dos riscos coletivos.
Para que esta estrutura possa cumprir o seu papel, é indispensável que consiga mobilizar de forma muito forte a própria sociedade civil e do setor privado. A procura de sinergia e estabelecimento de mecanismos de coordenação das diversas iniciativas públicas, privadas e da sociedade civil são os principais pilares sobre os quais assentam os propósitos desta plataforma.
Os principais objetivos da PNRRC são:
- Inventariar e coordenar todas as ações que visam a Redução do Risco de Catástrofes (RRC);
- Criar todo um ambiente institucional favorável a integração de ações que levam a redução de riscos de catástrofes nos planos e programas sectoriais de acordo com os objetivos do para o Desenvolvimento Sustentável e preconizados no quadro de Sendai;
- Promover a integração da problemática dos riscos nos planos locais, nacionais e sub-regionais com vista a um desenvolvimento sustentado.
Fazem parte da plataforma Ministérios, Instituições Públicas, Câmaras Municipais, Empresas Privadas e ONGDs.
A missão da Plataforma realiza-se com base num Plano Estratégico de Ação trienal, que se deve, por sua vez, desdobrar em projetos e programas, responsáveis para a concretização das ações no terreno.
Foi publicado pela ANEPC em junho de 2020 o Guia de Orientação para Constituição de Plataformas Locais para a Redução do Risco de Catástrofes. Este Guia é um documento orientador que tem como objetivo apoiar o Poder Local na constituição ou fortalecimento de Plataformas Locais para a Redução do Risco de Catástrofes – PLRRC, em articulação e acompanhamento com a Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes – PNRRC. Interessa ainda a entidades, do setor público, privado e sociedade civil, que queiram participar no processo de integração das medidas de redução de risco de catástrofes nas políticas locais, em linha com o Quadro de Sendai 2015-2030.
Em 2010, a Organização das Nações Unidas lançou a Campanha Cidades Resilientes (“Making Cities Resilient: My City is getting ready!”) para realçar a importância do patamar local no desenvolvimento de comunidades resilientes. A campanha promove a implementação de medidas de redução de catástrofes por parte das autoridades locais como um dos seus princípios orientadores. A adesão a esta iniciativa ao nível global tem contribuído para a prossecução das prioridades e objetivos definidos no Quadro de Sendai para a Redução do Risco de Catástrofes 2015-2030.
Conheça a publicação Cidades Resilientes em Portugal 2018 que permite tornar visível o empenho e trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por parte destes municípios, que se encontram comprometidos no contexto do objetivo comum de redução de riscos ao nível local.
Também no âmbito dos trabalhos desenvolvidos pela Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofes, foi editada a publicação Gestão do Risco de Inundação - Documento de Apoio a Boas Práticas. Neste documento reúne-se um conjunto de boas práticas implementadas na gestão deste risco, destinadas a evitar o surgimento de novos elementos expostos ou a atenuar a vulnerabilidade dos já existentes, que teve em conta os ensinamentos de projetos de investigação específicos, como é o caso do projeto Molines, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Fruto da atividade da Plataforma encontra-se também disponível o Guia Boas Práticas de Resiliência de Infraestruturas Críticas - Setor Privado e Setor Empresarial do Estado, o qual procura reunir um conjunto de recomendações e boas práticas no âmbito da resiliência organizacional, ilustradas por casos de estudo que exemplificam a implementação de medidas de reforço da resiliência por parte dos operadores. A adoção destas boas práticas contribuirá para que as organizações reforcem a sua capacidade de permanecer em funcionamento em situações de acidente grave ou catástrofe, aumentando assim o grau de fiabilidade dos serviços que prestam.